Há pouco tempo, num almoço entre amigos, rolou uma discussão do tipo ‘se você tem dinheiro, qualquer lugar é bom para se morar’. Pensei rapidamente e soltei: Eu, com muito dinheiro, me mudava para o Rio de Janeiro. Meu ex marido, que estava presente, me olhou um tanto pasmo e disse que não sabia que eu gostava tanto assim do Rio.
É agora eu podia entrar numa daquelas prolongadas discussões comigo mesma sobre como as pessoas convivem por um tempo, dividem a mesma casa, comida, banho, etecéteras e tais e ainda não se conhecem. Mas nem vou me arriscar.
O que eu penso é: será que eu não deixo claro o quanto eu gosto do Rio? Caraca mermão, shó porrrque eu fico imitando o shutaque dush cariocash? Porque implico com o hábito hediondo que eles tem de por catchup na pizza (eca!)? Pior, eu completo: também, com as pizzinhas ruins que eles tem... Sem contar que os garçons são antipáticos, muito diferentes do carismáticos garçons da paulicéia.
Mas a verdade é que eu amo esta cidade. Só para começar, tem mar. E montanha. E, apesar de eu estar sempre dizendo que os cariocas são malas, eu só conheço carioca CB (sangue bom. Ui!). De vez em quando fantasio que moro no Rio e aos finais de semana vou subir alguma pedra com amigos montanhista. De manhã, levar minha filha Helena para brincar na praia e, no fim de tarde, quem vai à praia sou eu. Na minha fantasia, morar no Rio é um aumento de qualidade de vida: eu vou praticar mais exercícios, me alimentar melhor, ser mais alegre. Sim, tem todos aqueles problemas que todo mundo sabe. Mas, e daí? Eu moro em Itapecerica da Serra, com um pé de açaí na porta, esquilo no quintal e um dos maiores índices de violência do país. Toda cidade há de ter seus prós e contras. E eu faria minhas malas rapidinho só para passar um final de semana no Rio, mesmo agora, em que a cidade ainda está de luto. E eu me sinto de luto também, entristecida como ficamos quando sofrem as pessoas queridas.
Bem, mas por que mesmo eu estou falando isto? Não é por causa da conversa entre amigos nem pela tragédia da cidade (que merece mais reflexão e profundidade do que estou sendo capaz no momento). É só porque eu recebi um e-mail da Monica Ramalho ( http://www.monicaramalho.com.br/) falando do Copafest.
Imagine! Um festival com aqueles músicos que só podem ser descritos com adjetivo clichês (monstro sagrado, gênio musical, fera!): Hermeto Pachoal, César Camargo Mariano, Marcos Valle, Chico Pinheiro... E no Copacabana Palace (que eu só conheço de fachada e pelo livro lançado pela DBA Editora). Melhor ir direto no site do festival para entender um pouco e concorrer a ingressos http://www.copafest.com.br/. De quebra, ouvir boa música online.
E lembrar que num momento em que paira tristeza e indignação, a cidade ainda tem fôlego para a arte, a boa música e gente. Resumindo: dá para não amar esta cidade?
( Eu também amo São Paulo, com força e fé. Mas esta é outra história)
É agora eu podia entrar numa daquelas prolongadas discussões comigo mesma sobre como as pessoas convivem por um tempo, dividem a mesma casa, comida, banho, etecéteras e tais e ainda não se conhecem. Mas nem vou me arriscar.
O que eu penso é: será que eu não deixo claro o quanto eu gosto do Rio? Caraca mermão, shó porrrque eu fico imitando o shutaque dush cariocash? Porque implico com o hábito hediondo que eles tem de por catchup na pizza (eca!)? Pior, eu completo: também, com as pizzinhas ruins que eles tem... Sem contar que os garçons são antipáticos, muito diferentes do carismáticos garçons da paulicéia.
Mas a verdade é que eu amo esta cidade. Só para começar, tem mar. E montanha. E, apesar de eu estar sempre dizendo que os cariocas são malas, eu só conheço carioca CB (sangue bom. Ui!). De vez em quando fantasio que moro no Rio e aos finais de semana vou subir alguma pedra com amigos montanhista. De manhã, levar minha filha Helena para brincar na praia e, no fim de tarde, quem vai à praia sou eu. Na minha fantasia, morar no Rio é um aumento de qualidade de vida: eu vou praticar mais exercícios, me alimentar melhor, ser mais alegre. Sim, tem todos aqueles problemas que todo mundo sabe. Mas, e daí? Eu moro em Itapecerica da Serra, com um pé de açaí na porta, esquilo no quintal e um dos maiores índices de violência do país. Toda cidade há de ter seus prós e contras. E eu faria minhas malas rapidinho só para passar um final de semana no Rio, mesmo agora, em que a cidade ainda está de luto. E eu me sinto de luto também, entristecida como ficamos quando sofrem as pessoas queridas.
Bem, mas por que mesmo eu estou falando isto? Não é por causa da conversa entre amigos nem pela tragédia da cidade (que merece mais reflexão e profundidade do que estou sendo capaz no momento). É só porque eu recebi um e-mail da Monica Ramalho ( http://www.monicaramalho.com.br/) falando do Copafest.
Imagine! Um festival com aqueles músicos que só podem ser descritos com adjetivo clichês (monstro sagrado, gênio musical, fera!): Hermeto Pachoal, César Camargo Mariano, Marcos Valle, Chico Pinheiro... E no Copacabana Palace (que eu só conheço de fachada e pelo livro lançado pela DBA Editora). Melhor ir direto no site do festival para entender um pouco e concorrer a ingressos http://www.copafest.com.br/. De quebra, ouvir boa música online.
E lembrar que num momento em que paira tristeza e indignação, a cidade ainda tem fôlego para a arte, a boa música e gente. Resumindo: dá para não amar esta cidade?
( Eu também amo São Paulo, com força e fé. Mas esta é outra história)
Adorei o seu texto falando sobre o dia dos fotografos!!!
ResponderExcluirwww.alexcostaimagens.blogspot.com
boa semana!