Narciso,
eu te glicínio muito, sabia?
Quando vejos seus lírios e gerânios, quando abre suas ninféias... Quando você vem, com essa sua dipladênia... Quando a gente se amarilis. Eu me margarido toda! Às vezes você é tão girassol, que chega a parecer tulipa. Outras vezes você é dália, outras helicônea. E outras, ainda – ah,outras!- você é só antúrio. Deixa um jacinto na boca-de-leão.
Tentei resistir, mas quando vi, já era malva. Orquideei-me numa dama-da-noite. É, foi rosa. Mas se miosótis petúnia, rodáquea gloxícina, né? O importante é que você me violeta de prímula, mesmo quando está cravo. Eu: sempre-viva!
Mas chega dessa ipoméia e voltemos ao lótus: eu só queria dizer que te glicínio muito.
Beijo,
Maria-sem-vergonha